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Foto do escritorPsi Ana Helô

O que não é obvio numa Crise de Pânico?

As crises de pânico são episódios súbitos de medo intenso e desconforto que podem incluir sintomas físicos e emocionais como palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, sensação de asfixia, dor no peito, náuseas, tontura, despersonalização, medo de perder o controle ou de morrer.




Para alguém que não sofre de crises de pânico, pode parecer "óbvio" que essas reações são exageradas ou irracionais, já que muitas vezes ocorrem sem uma ameaça real ou iminente. No entanto, a Psicologia reconhece que esses episódios não são simplesmente uma questão de falta de controle ou confusão, mas resultam de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais.


Fatores biológicos

Genética: Estudos sugerem que a predisposição para crises de pânico pode ser herdada.


Neuroquímica: Alterações nos níveis de neurotransmissores, como serotonina e norepinefrina, estão associadas a ataques de pânico.


Resposta de luta ou fuga: A ativação do sistema nervoso autônomo durante situações de estresse pode desencadear sintomas físicos intensos.


Fatores psicológicos:

Ansiedade antecipatória: O medo de ter uma nova crise pode levar a um ciclo de preocupação constante, exacerbando a frequência e a intensidade dos ataques.

Crenças disfuncionais: Pensamentos catastróficos sobre as consequências de uma crise (como acreditar que vai morrer ou enlouquecer) podem intensificar a resposta de pânico.


Fatores ambientais:

Experiências traumáticas: Eventos estressantes ou traumáticos podem atuar como gatilhos para crises de pânico.

Estresse crônico: Estresse acumulado no dia a dia pode aumentar a vulnerabilidade a ataques de pânico.


Portanto, o que pode parecer óbvio — que uma pessoa deveria simplesmente "acalmar-se" durante uma crise de pânico — é, na verdade, uma simplificação que ignora a complexidade subjacente desses episódios. A intervenção eficaz envolve uma abordagem multifacetada, que pode incluir sessões de psicoterapia para modificar pensamentos disfuncionais, técnicas de relaxamento e respiração para gerenciar sintomas físicos, e, em alguns casos, medicação para regular desequilíbrios neuroquímicos.


Reconhecer a complexidade das crises de pânico e abordar o tratamento de maneira abrangente é essencial para fornecer suporte adequado e eficaz às pessoas que sofrem com essa condição.

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